terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Não, caminhemos do fogo ao fogo,
Da dor apaixonada ao mais mortal prazer
Sou ainda muito novo para viver sem desejo,
E tu muito nova para gastares a noite de Verão
Com vãs questões, que os homens desde sempre
Buscaram de videntes e oráculos, sem ter resposta.
Porque, minha querida, melhor é sentir do que saber,
E a sabedoria é uma linhagem sem filhos;
Uma palpitação de amor – o primeiro fulgor juvenil
Valem bem o tesouro dos provérbios de um sábio;
Não atormentes a tua alma como filosofia morta:
Não temos nós lábios para beijar, corações para amar, olhos para ver?

(Oscar Wilde)

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